O Ibovespa perdeu 0,36%, aos 138.050,93 pontos, uma baixa de 498,50 pontos. O segundo dia do sétimo mês, do terceiro trimestre e do segundo semestre de 2025 colocou os números em equilíbrio, após a alta de ontem.

 

O dólar comercial, por exemplo, voltou a cair, após a alta de ontem: menos 0,74%, a R$ 5,421, o menor valor desde 19 de agosto de 2024, quando fechou com R$ 5,412. Os DIs (juros futuros) fecharam com altas por toda a curva.

 

Os números negativos finais do Ibovespa hoje vieram de palavras. Ou da falta delas. A tensão entre Executivo e Legislativo, agora com o Judiciário no meio, expõe um problema do governo que é andar com suas pautas para o país, quaisquer que sejam elas. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não há questão econômica ou política na judicialização da questão do IOF. “Nós estamos discutindo uma questão jurídica sobre a constitucionalidade do decreto do presidente da República”, afirmou.

 

O presidente Lula se somou a Haddad: “o erro foi o descumprimento de um acordo feito num domingo à noite na casa do presidente da Câmara. Quando chega a terça-feira, o presidente da Câmara toma uma decisão que eu considerei absurda”. Para ele, é “cada macaco no seu galho“, o Congresso Legisla e ele governa. A ida ao STF é só para recolocar as coisas no lugar.

 

O ministro da Justiça e ex-STF, Ricardo Lewandowski, adicionou “normalidade” a essa equação, onde a tensão é um episódio comum em democracias e será resolvida: “há momentos de turbulência, há momentos de concordância, isso é absolutamente normal numa democracia”.

 

Vendo o governo conseguir construir um discurso com mínimo denominador comum, a oposição partiu para a defesa, que também é um ataque. Ciro Nogueira disse que o discurso do “nós contra eles” não vai funcionar, como não funcionou no passado. Pesquisa ainda mostrou que a somatória de esforços do governo tem que dar um número muito maior, porque 46% dos deputados avaliam o governo Lula como ruim ou péssimo.

 

Infomoney