Macroeconomia

21 Out 2024

Dólar encosta nos R$ 5,70 diante Trump no radar e temor fiscal

Moeda voltou a flertar com o maior patamar desde a segunda sangrenta, quando bolsas derreteram mundo afora; pressão fiscal segue pressionando divisa.

O dólar encerrou a segunda-feira valendo R$ 5,69, em ligeira queda de 0,14%. O movimento vem no dia em que investidores preveem uma inflação mais alta, mais uma vez, para 2024. Dessa vez, a previsão para o IPCA de 2024 no Boletim Focus saltou de 4,39% na semana passada para 4,5%, mesmo patamar do teto da meta definido pelo Banco Central para a inflação, um ponto e meio acima do centro da meta.
 
A cotação do dólar alcançou um patamar que não era visto há mais de dois meses diante de um aumento nas expectativas de que o republicano Donald Trump volte à cadeira de presidente dos Estados Unidos.
 
 
O protecionismo econômico, pauta de Trump, tenderia a aumentar a inflação no país. Com importados mais caros devido a imposição de taxas e restrições aos produtos chineses, os preços subiriam, exigindo que o Federal Reserve (Fed, banco central americano) mantivesse os juros altos por mais tempo para segurar a inflação.
 
Juros mais altos nos EUA sugam investimentos para o país. Considerada a economia mais segura do mundo, se os EUA oferecem juros mais altos aos investidores, a tendência é que um fluxo maior de recursos seja direcionado para lá, valorizando o dólar.
 
— Os títulos americanos começam a subir e com preços bem atrativos. E aí eles optam pelo dólar, que é considerado um porto seguro mundial — diz Elson Gusmão, diretor de câmbio da Ourominas.
 
A apreciação aconteceu diante de moedas de todo o mundo, mas países emergentes tendem a sentir um pouco mais. Só em outubro, a divisa valorizou, frente ao real, quase 5% e, no acumulado do ano, já apresenta alta de 17,5%.
 
No horário de encerramento no Brasil, às 17h, o peso mexicano desvalorizava 0,55%, e o rand sul-africano 0,06%. Até mesmo o euro e a libra, moedas fortes, cederam diante da moeda americana, em queda de 0,48% e 0,55%, respectivamente.
 
O patamar alto da moeda embute a desconfiança quanto à condução das contas públicas. Para Alexandre Viotto, gerente de câmbio da EQI Investimentos, a possibilidade do dólar alcançar os R$ 6 se torna cada vez mais próxima:
 
— Estamos caminhando para o câmbio a R$ 6. A cada dia que passa o mercado tem mais dúvidas quanto ao cumprimento do arcabouço, uma política consistente de corte de gastos, e de que o governo precise cumprir o arcabouço sem contar com receitas extraordinárias. É o principal ponto de interrogação — ele diz.
 
O chefe de câmbio da EQI aponta que a aproximação do fim do ano é, tradicionalmente, uma “alavanca” para o valor da cotação. Isso porque o arrefecimento das trocas comerciais e o envio de remessas de lucros por multinacionais ao exterior tende a tirar mais dólares do mercado doméstico, fazendo apreciar a divisa.
 
 
— Já temos previsto a saída de capital com remessa de lucro para o exterior e tradicionalmente isso acontece. É natural que se tenha uma desvalorização cambial. A grande incógnita é como o BC vai atuar — afirma Viotto, elencando que a autoridade monetária utiliza dos seus mecanismos de intervenção no câmbio, como leilões de compra à vista, de forma mais comum no segundo semestre justamente por conta da fuga de dólares.
 
Com a desconfiança sobre a trajetória das contas públicas impactando o preço da divisa americana, analistas já preveem que o valor mais alto da divisa acabe contribuindo na perspectiva para cima do índice inflacionário:
 
— Diante a percepção de risco fiscal e todo o sentimento que os investidores têm em relação à dinâmica das contas públicas aqui no Brasil, a expectativa é de que a gente continue assistindo uma pressão na taxa de câmbio. E isso vai ser transferido para os preços no atacado e consequentemente para os preços ao consumidor — diz Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos.
 
Notícia na íntegra no link abaixo:
https://oglobo.globo.com/economia/financas/noticia/2024/10/21/dolar-encosta-nos-r-570-diante-trump-no-radar-e-temor-fiscal.ghtml
 
 
Fonte: O Globo
Macroeconomia
Dólar à vista fecha em alta de 0,30%, a R$5,7815 na venda

Receios em torno da política fiscal do governo Lula e da possibilidade de Donald Trump vencer a eleição presidencial nos EUA voltaram a sustentar o dólar.
31 Out 2024
Dólar à vista fecha em alta de 0,03%, a R$5,7640 na venda
Após comentários do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, trazerem um pouco de alívio para as cotações, em um cenário de queda da moeda norte-americana no exterior.
30 Out 2024
Dólar à vista fecha em alta de 0,95%, a R$5,7625 na venda
Refletindo o desconforto do mercado com o cenário fiscal brasileiro e o avanço da moeda norte-americana também no exterior, em meio ao nervosismo com a disputa presidencial nos EUA.
29 Out 2024
Ibovespa avança 1% puxado por Vale e Itaú; Azul dispara
28 Out 2024
Em desempenho puxado pelas blue chips Vale e Itaú Unibanco, enquanto Azul disparou na esteira de acordo com credores para financiamento adicional. IBOV +0,0022 5,7077.
Petróleo cai 6% com risco reduzido de guerra mais ampla no Oriente Médio
28 Out 2024
Depois que o ataque retaliatório de Israel contra as forças armadas do Irã no sábado contornou instalações de petróleo e nucleares, sem interromper o fornecimento de energia.
Dólar fecha semana pouco acima dos R$5,70 com foco no fiscal e na eleição dos EUA
25 Out 2024
Com as cotações refletindo a cautela dos investidores quanto à política fiscal do governo Lula e os receios em torno da eventual vitória de Donald Trump nas eleições dos EUA.
Petróleo sobe 4% na semana em meio a riscos relacionados a Oriente Médio e eleição nos EUA
25 Out 2024
Futuros do petróleo Brent fecharam em alta de 1,67 dólar, ou 2,25%, a 76,05 dólares o barril.
Dólar à vista fecha em queda de 0,53%, cotado a R$5,6635 na venda
24 Out 2024
influenciado pelo recuo da moeda norte-americana no exterior e por declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em defesa do ajuste fiscal.
Dólar hoje fecha em leve queda depois de alcançar máxima a R$ 5,73
23 Out 2024
Investidores acompanharam a divulgação do Livro Bege, uma espécie de sumário das condições econômicas dos EUA. DOLCOM -0,0060 5,6908.
Dólar à vista fecha em alta de 0,06%, a R$5,6967 na venda
22 Out 2024
Em meio ao avanço da moeda no exterior, onde investidores se posicionavam para uma possível vitória de Donald Trump na corrida presidencial dos EUA e para cortes menores de juros.
www.investbras.com.br
Contato
Fone: (34) 3832-0300
Rua Cesário Alvim, 1342 – 2º Piso, Sala 3
Centro - Patrocínio-MG
CEP 38740-040
Notícias sobre:
Investbras
Agente Autônomo de Investimentos

Ouvidoria Terra Investimentos
0800 940 0406