Mercado de Grãos | |
A terça-feira (15) chega ao final com os preços futuros do milho registrando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 68,60 e R$ 72,90.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 68,60 com valorização de 1,81%, o janeiro/25 valeu R$ 71,83 com alta de 1,45%, o março/25 foi negociado por R$ 72,90 com ganho de 0,48% e o maio/25 teve valor de R$ 72,23 com elevação de 0,39%.
De acordo com a análise da Agrinvest, os futuros do milho operaram em alta na B3 após a Conab revisar para baixo alguns números de oferta e demanda da temporada 2023/24.
“No relatório de hoje, a companhia espera uma queda no ritmo das exportações de milho brasileiro para 23/24, totalizando agora 36 milhões de toneladas. A justificativa é a menor disponibilidade do cereal, aumento na demanda interna e problemas de escoamento e logística ligados a baixa dos níveis dos rios que levam aos portos do Arco Norte. Com os ajustes realizados, os estoques de passagem de milho ficaram ainda menores, o que somados a um dólar mais forte, impulsionaram o milho na B3”, explicam os analistas da Agrinvest.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho também subiu neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou desvalorização somente em Dourados/MS. Já as valorizações apareceram em Castro/PR, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Jatai/GO, Rio Verde/GO, Itapetininga/SP e Campinas/SP.
A análise da SAFRAS & Mercado aponta que o mercado brasileiro de milho iniciou a semana com negociações morosas. “As cotações devem seguir firmes, diante de um nível ajustado entre oferta e demanda. Contudo, ainda há um impasse entre produtores e consumidores em relação aos preços, impedindo um avanço significativo na comercialização do cereal”.
Os preços internacionais do milho futuro finalizaram o pregão desta terça-feira contabilizando movimentações negativas na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,01 com baixa de 7,00 pontos, o março/25 valeu US$ 4,17 com desvalorização de 7,25 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,26 com perda de 7,00 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,31 com queda de 6,25 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última segunda-feira (14), de 1,71% para o dezembro/24, de 1,71% para o março/25, de 1,62% para o maio/25 e de 1,43% para o julho/25.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho despencaram sob o peso da pressão da colheita nos Estados Unidos e algumas chuvas favoráveis à produtividade na América do Sul, o que empurrou os preços mais de 1,5% para baixo na rodada de vendas técnicas subsequente na terça-feira.
A análise da SAFRAS & Mercado acrescentou ainda que “o mercado foi pressionado pela perspectiva de uma ampla oferta nos Estados Unidos e pelos sinais de uma fraca demanda pelo cereal do país. Além disso, a forte queda nas cotações do petróleo em Nova York, fator que diminuiu a competitividade do etanol de milho frente à gasolina, complementou o quadro negativo”.
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