Mercado de Grãos | |
A segunda-feira (14) chega ao final com os preços futuros do milho contabilizando movimentações negativas na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações flutuaram na faixa entre R$ 67,38 e R$ 72,55.
O vencimento novembro/24 foi cotado à R$ 67,38 com desvalorização de 1,64%, o janeiro/25 valeu R$ 70,80 com baixa de 1,38%, o março/25 foi negociado por R$ 72,55 com perda de 1,00% e o maio/25 teve valor de R$ 71,95 com queda de 0,62%.
De acordo com a análise da Agrinvest, com a queda do dólar e de Chicago, os futuros do milho também operaram em baixa na B3.
“Na semana passada, o cereal fechou em alta, sustentado principalmente pelas preocupações com o clima no Brasil e o atraso no plantio da safra de soja de verão. Porém, nessa semana os modelos sinalizam o retorno das chuvas para importantes regiões do país, o que poderá acelerar o plantio da soja. Com isso, os preços da oleaginosa vêm sendo pressionados, o que pode também puxar o milho para baixo”, acrescentam os analistas da consultoria.
Nesta segunda-feira (14), a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que o volume embarcado de milho não moído (exceto milho doce) até este momento em outubro alcançou 2.521.018,5 toneladas. O volume representa 29,84% do total exportado no mesmo mês do ano passado, que ficou em 8.448.437,7 toneladas.
A média diária de embarques nestes 9 primeiros dias do mês ficou em 280.113,2 toneladas, representando queda de 30,4% com relação a média diária embarcadas de outubro do ano anterior, em ficou em 402.306,6 toneladas.
Já no mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve um primeiro dia da semana positivo. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas em Castro/PR e Porto de Santos/SP. Já as valorizações apareceram em Nonoai/RS, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Sorriso/MT, Dourados/MS e Cândido Mota/SP.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa (região de Campinas-SP) fechou a primeira dezena de outubro à média de R$ 66,18/sc, a maior do ano em termos nominais.
“O impulso continua vindo da retração vendedora e da demanda aquecida. Produtores seguem atentos ao clima quente e seco, especialmente no Centro-Oeste, e, com isso, se mantêm afastados dos negócios no mercado spot. Já compradores mostram mais interesse em adquirir novos lotes, visando recompor estoques”, segundo pesquisadores do Cepea.
Os preços internacionais do milho futuro também finalizaram a segunda-feira contabilizando movimentações negativas nas Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento dezembro/24 foi cotado à US$ 4,08 com queda de 7,50 pontos, o março/25 valeu US$ 4,24 com perda de 8,25 pontos, o maio/25 foi negociado por US$ 4,33 com baixa de 8,75 pontos e o julho/25 teve valor de US$ 4,37 com desvalorização de 9,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (11), de 1,80% para o dezembro/24, de 1,91% para o março/25, de 1,98% para o maio/25 e de 2,12% para o julho/25.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho seguiram um amplo conjunto de outras commodities mais baixas na segunda-feira, na esteira de uma rodada de vendas técnicas, parcialmente estimulada pelo progresso da colheita nos Estados Unidos e pelo clima chuvoso no Brasil.
“Além do relatório do USDA, geralmente baixista para os grãos na última sexta-feira, o mercado é pressionado pela queda nos preços do petróleo. Outro fator que intensifica as perdas, especialmente para o milho, é a desvalorização do cereal na China, diante do bom cenário de oferta”, acrescenta a Agrinvest.
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