O mercado futuro do café arábica teve um dia de valorização expressiva para os preços na Bolsa de Nova York e Londres. Ainda com suporte na preocupação com a oferta global, os preços avançaram mais de 5% no mercado internacional. 

O contrato com vencimento em julho/24 do arábica teve alta de 1050 pontos, negociado por 217,20 cents/lbp, setembro/24 teve alta de 1025 pontos, valendo 216 cents/lbp, março/24 teve alta de 965 pontos, cotado por 213,70 cents/lbp. 

Em Londres, o robusta avançou de forma ainda mais significativa. Julho/24 teve alta de US$ 235 por tonelada, negociado por US$ 3734, setembro/24 teve alta de US$ 237 pontos, cotado por US$ 3673, novembro/24 teve alta de US$ 229 por tonelada, valendo US$ 3590 e janeiro/25 avançou US$ 224 por tonelada, cotado por US$ 3495. 

As condições do Vietnã continuam dando suporte de valorização. As chuvas ainda não são suficientes para recuperação do parque cafeeiro e o mercado monitora também as altas temperaturas. Por aqui, o tempo é benéfico para a colheita que começa a ganhar ritmo, mas os baixos volumes começam a chamar atenção do mercado. 

"A Somar Meteorologia informou na segunda-feira que a região de Minas Gerais no Brasil não recebeu chuvas ou 0% da média histórica na semana passada, a quarta semana consecutiva em que a área não recebeu chuvas", acrescenta a análise do site internacional Barchart. 

O departamento de agricultura do Vietname projetou que a produção de café do Vietña no ano-safra de 2023/24 cairia -20%. O mercado segue atento, já que a última colheita também ficou abaixo do esperado. 

Apesar do foco na colheita, analistas ouvidos pelo Notícias Agrícolas afirmam que o momento é importante para o produtor participar do mercado e garantir os próximos ciclos. No Brasil, os olhos também estão atentos para o tamanho da peneira, já que muitos produtores vêm indicando números abaixo da média.