Mercado de Boi Gordo | |
A arroba do boi gordo superou a marca de 230 reais nesta semana, mesmo patamar alcançado em novembro de 2019, quando ávidas compras da China levaram a uma disparada nas exportações de carne e resultaram em valores históricos para o produto nacional.
Com uma redução na oferta de gado devido ao ciclo pecuário, queda na produção, firme demanda externa e câmbio favorável a exportações, a tendência é que as cotações do animal sigam em nível recorde, exigindo maior desembolso dos frigoríficos, conforme analistas.
O comportamento do consumo interno, ainda afetado pela pandemia do novo coronavírus, é o único fator que pode limitar o avanço da arroba no próximo bimestre. E, mesmo nesta hipótese, novembro e dezembro prometem recuperação com a tradicional demanda para festas somando-se à conjuntura altista.
O Indicador do Boi Gordo Cepea/B3 fechou em 234,25 reais por arroba nesta quinta-feira, avanço de 2,61% na variação mensal e 49,3% ante igual período do ano passado.
Nesta sexta-feira, a cotação bruta calculada pela Scot Consultoria indica arroba a 232 reais à vista na referência de São Paulo, para o mercado físico. Descontados os impostos, o valor a prazo bateu 230,50 reais por arroba.
Bovinos jovens (até 30 meses), cuja carne é apta para embarque à China, contam com um incremento de 3 reais por arroba para machos, mostram dados da consultoria.
ABATES VS EXPORTAÇÃO
Torres pontuou que a oferta de gado deve continuar comedida até o fim do ano, e este processo ainda pode se estender por 2021, devido ao ciclo pecuário. A estratégia de retenção de fêmeas, para elevar a produção de bezerros, tem contribuído para baixar o nível de abates do país.
Levantamento da consultoria Agrifatto mostra que 17,02 milhões de cabeças foram abatidas no Brasil entre janeiro e julho, queda de 9,5% ante o mesmo intervalo de 2019. Para 2020, a projeção indica recuo de 8% nos abates, para 36,77 milhões.
A produção de carne bovina, por sua vez, caiu 7,8% até julho para 4,32 milhões de toneladas. Em contrapartida, as exportações subiram 10,3% no período para 1,16 milhão de toneladas.
Somente no primeiro semestre, as importações chinesas de carne bovina do Brasil saltaram 148%, para 365.126 toneladas, e com isso o país asiático se tornou destino de 57% da proteína comercializada pelos brasileiros no período, conforme levantamento da associação do setor Abrafrigo.
O aumento no número de plantas habilitadas para exportar para a China, aprovado no segundo semestre de 2019, foi fundamental para estes resultados.
"Cerca de 75% dos frigoríficos brasileiros têm acesso a algum tipo de mercado externo. Então, apesar do mercado interno estar relativamente ruim, por conta da pandemia, eles conseguiram compensar (financeiramente) com negócios feitos a câmbio alto", disse a diretora executiva da Agrifatto, Lygia Pimentel.
Neste contexto, vale destacar que os três maiores frigoríficos do país --JBS, Marfrig Global Foods e Minerva Foods-- registraram lucros significativos nos balanços do segundo trimestre, na esteira de fatores como câmbio e demanda externa.
Desta forma, considerando que a indústria também está capitalizada, "tem espaço para a arroba continuar subindo sim", estimou a diretora da Agrifatto.
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