Mercado de Cafe | |
As exportações globais de todos os tipos de cafés, no acumulado de sete meses, especificamente no período de outubro de 2021 a abril de 2022, totalizaram o equivalente a um volume físico de 77,81 milhões de sacas de 60kg. Esse volume apontado consolida o que foi exportado por todos os países produtores de café do planeta, os quais estão agrupados em quatro grandes regiões produtoras: América do Sul, Ásia & Oceania, México & América Central e África.
Em relação à América do Sul, maior região produtora de café do mundo, cujas exportações, a despeito de terem atingido 33,8 milhões de sacas de 60kg, no acumulado dos sete meses em referência, registraram uma redução de 12,7% em comparação com o mesmo período anterior.
Tal declínio encontra respaldo principalmente nas exportações do Brasil, maior produtor e exportador em nível mundial, que, ao atingirem 23,5 milhões de sacas, registraram queda de 18%, e, também, na Colômbia, terceiro país maior produtor de café, que, ao somarem 7,34 milhões de sacas, denotaram uma queda de 9,8% nas vendas ao exterior, na mesma base comparativa dos sete meses citados.
Em relação à Ásia & Oceania, cujas exportações de café acumuladas nos sete meses citados atingiram 28,06 milhões de sacas de 60kg, em contraponto, houve um crescimento de 9% nas vendas em comparação com o mesmo período anterior. Tal performance positiva está relacionada diretamente às exportações do Vietnã, segundo maior produtor em nível mundial, país que registrou um aumento de 21,6% no acumulado de sete meses ao totalizar 17,97 milhões de sacas.
E, nessa mesma região, as vendas aos importadores da Índia cresceram 36,5%, com 4,23 milhões de sacas, assim como as exportações da Indonésia que também registraram crescimento de 17% com um total de 4,9 milhões de sacas, neste período comparativo em foco.
Esta divulgação e análises da performance das exportações da cafeicultura mundial, com foco no desempenho acumulado do período de outubro de 2021 a abril de 2022, tiveram como fonte principal de consulta o Relatório sobre o mercado de Café – maio 2022, da Organização Internacional do Café - OIC, o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Para tanto, convém enfatizar que Organização Internacional do Café – OIC considera e agrupa no mundo, nos seus respectivos relatórios e estudos, as quatro grandes regiões produtoras de cafés mencionadas anteriormente: Ásia & Oceania, México & América Central, África e América do Sul. E ainda que o ano-cafeeiro da Organização compreende o período de outubro a setembro, daí esses sete meses em destaque.
Complementando tais análises, convém destacar que as exportações da África, considerando o volume acumulado dos sete primeiros meses do ano-cafeeiro da OIC, tiveram uma redução de 2,3%, ao totalizaram 7,35 milhões de sacas. E, nessa mesma região e período, as exportações da Uganda somaram 3,28 milhões de sacas, volume 3,6% menor que o anterior. E, disso mais, a Etiópia exportou 1,87 milhão de sacas, o que denotou um aumento de 24,2%. Por fim, a Tanzânia, ao exportar o volume total de 0,72 milhão de sacas registrou um pequeníssimo aumento, de 0,1%. Os demais países africanos produtores exportaram aproximadamente 1,48 milhão de sacas de café no período.
Concluindo, há que se destacar que o México & América Central, também nos sete primeiros meses do ano cafeeiro corrente da OIC, exportaram o total de 8,6 milhões de sacas de 60kg, volume que foi superior em 4,7% ao mesmo período anterior.
Por fim, com relação ao panorama mundial da produção e consumo em nível mundial, a estimativa provisória da OIC indica que a produção total no ano cafeeiro de 2021-2022 se manterá inalterada, com uma projeção de 167,2 milhões de sacas, montante 2,1% abaixo da produção total do ano cafeeiro anterior, que foi de 170,83 milhões. E, ainda, que consumo mundial de café deverá aumentar em torno de 3,3% no ano, alcançando assim 170,3 milhões de sacas neste ano-cafeeiro em curso, em comparação com as 164,9 milhões no ano cafeeiro passado. Dessa forma, a Organização estima que em 2021-2022 o consumo deverá exceder a produção em 3,1 milhões de sacas.
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