Macroeconomia

21 Mai 2020

Com forte demanda chinesa, exportação do agro cresce 6% no 1º quadrimestre de 2020

No Brasil, a exceção é o setor agropecuário, que tem mantido bom desempenho em 2020, com crescimento da produção e exportações firmes, mesmo em meio à crise sanitária mundial.

O ano de 2020 tem colocado a sociedade mundial diante de muitas incertezas. A principal medida de enfrentamento da pandemia do coronavírus tem sido a redução da circulação de pessoas e de mercadorias, o que impõe limites às atividades econômicas de países afetados, com consequente diminuição das trocas comerciais. Com isso, o volume total de comércio, tanto interno quanto externo, deve recuar neste ano.

No Brasil, a exceção é o setor agropecuário, que tem mantido bom desempenho em 2020, com crescimento da produção e exportações firmes, mesmo em meio à crise sanitária mundial.

Segundo pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, de janeiro a abril deste ano, o volume de produtos do agronegócio exportado pelo Brasil cresceu 6% frente ao mesmo período de 2019. O faturamento externo somou US$ 31 bilhões, mas a elevação ficou limitada a 2%, devido à queda de mais de 3% dos preços médios em dólar; em Real, no entanto, o incremento na receita foi de 14%. Diante desse resultado, a participação do setor nas exportações totais do País foi de 47% no primeiro quadrimestre.

Quanto ao maior volume embarcado no período, esteve atrelado à elevação das vendas da maioria dos produtos do agronegócio, mas os destaques foram algodão, carne suína, açúcar, soja em grão, óleo de soja, carnes bovina e de aves.

DESTINO – A China continua expandindo suas relações comerciais com o Brasil e aumentando a sua participação no total exportado pelo agronegócio. Neste início de 2020 (até abril), a participação do país asiático foi superior a 37% nas exportações totais do Brasil. Os países que compõem a Zona do Euro ficaram na segunda posição, com participação de 16% nas exportações brasileiras do agronegócio; e, na terceira posição, os Estados Unidos, que absorveram mais de 6%. O país norte-americano foi seguido por Japão (2,2%), Bangladesh (2,1%), Turquia (2%) e Hong Kong (1,9%). Vale destacar a importância dos países asiáticos e do grupo “outros países”, que, em conjunto, mantiveram participação superior a 30% das exportações totais do setor no primeiro quadrimestre de 2020

 

PERSPECTIVAS PARA 2020 – Este deve ser mais um ano de boa colheita de grãos, o que deve manter elevada a disponibilidade dos produtos, tanto para consumo doméstico quanto para exportação. Mais uma vez, a disputa comercial entre China e Estados Unidos e os problemas relacionados ao controle da produção, por conta das infecções por coronavírus no segundo país, devem favorecer o Brasil, que pode manter fatia maior nas exportações de produtos agrícolas ao mercado asiático, com destaque para grãos e carnes.

Por outro lado, os preços no mercado internacional têm se depreciado, devido às quedas esperadas na atividade econômica dos países e, consequentemente, da renda de seus habitantes e à boa oferta mundial esperada para o próximo ano-safra. Além do efeito das crises, há também o efeito de juros menores sobre a taxa de câmbio, mantendo o Real mais desvalorizado no futuro, o que eleva a competitividade dos produtos brasileiros no exterior e favorece o crescimento das vendas externas.

Com produção recorde e moeda mais desvalorizada, o faturamento em Real do setor deve continuar em alta em 2020, mas, para isso, os agentes públicos e privados precisam trabalhar para manter indústrias e portos em funcionamento nesse período de agravamento da doença. Pois, do lado da demanda, a necessidade de garantir o abastecimento de seus habitantes e a consequente segurança alimentar da população devem levar nossos parceiros comerciais a manter uma demanda firme por alimentos.

Fonte:
Cepea

 

Macroeconomia
Dólar à vista fecha em alta de 0,29%, a R$5,1640 na venda

Impulsionado pelos dados piores que o esperado da inflação dos EUA, que reforçaram as apostas de que o Federal Reserve deve promover menos cortes de juros este ano.
Hoje
Dólar à vista fecha em alta de 0,40%, a R$5,1492 na venda
Em sintonia com o avanço da moeda norte-americana no exterior e com a elevação das taxas dos Treasuries, em um dia de leilão de títulos nos EUA.
24 Abr 2024
Dólar tem 3ª sessão de baixa com novo dia de ajustes e exterior favorável
Moeda norte-americana fechou o dia cotado a 5,1285 reais na venda, em baixa de 0,80%. Em três dias úteis, a moeda acumulou queda de 2,33%.
23 Abr 2024
Dólar cai 1% em dia de ajustes, mas ainda acumula alta na semana
19 Abr 2024
Enquanto no exterior a moeda norte-americana também cedia ante boa parte das demais divisas, a despeito das preocupações com os conflitos no Oriente Médio. DOLCOM -0,0514 5,1993.
Dólar à vista fecha em alta de 0,12%, a R$5,2508 na venda
18 Abr 2024
Acompanhando o avanço da moeda norte-americana ante outras divisas em meio à expectativa de menos cortes de juros nos EUA este ano, reforçada por declarações de dirigentes do Federal Reserve.
Dólar à vista fecha em baixa de 0,48%, a R$5,2424 na venda
17 Abr 2024
Em sintonia com o recuo da moeda norte-americana no exterior e com investidores realizando os lucros mais recentes.
Dólar à vista fecha em alta de 1,65%, a R$5,2682 na venda
16 Abr 2024
Atingindo o maior valor visto há mais de um ano, em meio ao avanço generalizado da moeda norte-americana no exterior, com investidores reagindo à perspectiva de juros altos nos EUA por mais tempo e
Dólar à vista fecha em alta de 1,21%, a R$5,1835 na venda
15 Abr 2024
Após dados do varejo dos EUA reforçarem a perspectiva de juros altos por mais tempo e o mercado receber com pessimismo a redução da meta fiscal brasileira para 2025.
Ibovespa recua com pessimismo renovado em Wall St, mas BRF dispara 10%
15 Abr 2024
Índice encerrou em queda nesta 2ªfeira, seguindo o sinal negativo em Wall Street com pessimismo renovado em torno do momento do primeiro corte de juros nos EUA. IBOV +612,20 125.333,89.
Dólar fecha acima de R$5,12 e tem forte ganho semanal ainda sob efeito de inflação dos EUA
12 Abr 2024
Em linha com o exterior e no maior patamar em cerca de 6 meses depois que dados de inflação ao consumidor dos EUA minaram apostas de recente afrouxamento monetário do Fed.
www.investbras.com.br
Contato
Fone: (34) 3832-0300
Rua Cesário Alvim, 1342 – 2º Piso, Sala 3
Centro - Patrocínio-MG
CEP 38740-040
Notícias sobre:
Investbras
Agente Autônomo de Investimentos

Ouvidoria Terra Investimentos
0800 940 0406